Alemanha e Japão mostram forte compromisso com Israel, na Plenária do CJM

Alemanha e Japão mostram forte compromisso com Israel, na Plenária do CJM

 Com a presença cerca de 500 delegados de mais de 70 países, ocorreu em Budapeste, de 5 a 7 de maio, a 14ª Assembleia Plenária do Congresso Judaico Mundial (CJM). A Conib foi representada por Claudio Lottenberg, seu presidente; Fernando Lottenberg, secretário-geral; e Eduardo Wurzmann, diretor. 

A delegação brasileira foi chefiada por Jack Terpins, presidente do Congresso Judaico Latino-Americano (CJL). Também estiveram presentes Eduardo Alcalay, presidente da entidade mantenedora do Colégio I. L. Peretz, de São Paulo; Dov Bigio, membro do grupo de Novas Gerações do CJL; e Chella Safra, que foi eleita tesoureira na chapa encabeçada por Ronald Lauder, reeleito presidente do Congresso Judaico Mundial.

Em entrevista ao jornal israelense Haaretz, Chella Safra disse que o CJM deve “dedicar sua atenção para parar as tendências antissemitas em vários países da Europa, dialogar com os governos para encontrar uma solução para este problema e informar a todos sobre o que está acontecendo, para que as coisas ruins nunca mais ocorram". 

Para Fernando Lottenberg, destacaram-se os discursos dos representantes da Alemanha e do Japão.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, reiterou o compromisso de seu país com a segurança de Israel e de tornar a Europa um lugar livre do antissemitismo. 

Em um debate sobre o Oriente Médio, o embaixador japonês, Yukata Imura, mostrou uma posição firme de apoio a Israel, que considerou “nosso parceiro em crenças e valores”.

O presidente da comunidade judaica húngara cobrou fortemente, perante o primeiro-ministro do país, Viktor Orbán, uma posição sobre o combate ao antissemitismo no país. Também Lauder pediu atenção e providências.

Orbán defendeu seu governo e seu partido, dizendo que na Hungria não se explodem sinagogas, nem atiram em pessoas em frente às escolas judaicas. O CJM reagiu criticamente à fala do primeiro-ministro húngaro. Os delegados também pediram o banimento dos partidos neonazistas na Europa.

A Plenária instou a comunidade internacional a reconhecer os legítimos direitos dos refugiados judeus no Oriente Médio, que foram forçados a sair de seus países após 1948.

A quantidade de participantes do Brasil e de países latino-americanos chamou a atenção, por sua juventude e grande número de cargos assumidos no Executivo do CJM. A Assembleia decidiu que os chefes das 12 maiores comunidades judaicas do mundo (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia, Canadá, Argentina, Alemanha, Hungria, Ucrânia, Austrália, Brasil e África do Sul) terão automaticamente um lugar no Executivo do CJM.

Segundo Jack Terpins, o evento em Budapeste foi uma oportunidade excelente para que lideranças troquem experiências, planejem ações conjuntas e tomem ciência do que acontece em outras comunidades. “Aproveito para reforçar o quanto nós, brasileiros, somos privilegiados por gozar de liberdade de fé, o respeito mútuo que temos uns com os outros, e também, mostrar a todos que somos unidos e responsáveis uns pelos outros".