Análise: Síria pode se desintegrar e virar uma colcha de retalhos
A Síria está se desintegrando. Depois que as fragmentadas forças rebeldes da Síria se uniram, no final do ano passado, com a formação da Coalizão Nacional, a suposição era que os mais de cem países que reconheceram a organização como representante legítima do povo sírio fariam muito mais para ajudar a oposição a derrubar o regime de Bashar Assad. Em lugar, disso, os Estados Unidos e a União Europeia, que serviram como principais parteiros na criação de uma nova oposição síria — que teria papel tanto militar quanto político –, parecem ter a vontade necessária a desejar os fins, mas sem a vontade necessária a fornecer meios. Tanto um quanto o outro, até o momento, não se dispuseram a fornecer às unidades convencionais das forças rebeldes o armamento antitanque e antiaéreo de que necessitam para reduzir a superioridade militar do regime de Assad, por medo de que, no futuro, essas armas venham a ser utilizadas contra alvos ocidentais (Por David Gardner, Financial Times/Folha de S.Paulo).