
Professor da Univ. Hebraica de Jerusalém debate em SP educação judaica
Qual identidade judaica adotar? Como preservar a identidade, diante de novos modelos? Zvi Bekerman, professor especialista na área de Antropologia da Educação da Universidade Hebraica de Jerusalém, debateu esta e outras questões em São Paulo, em setembro último.
O evento, que ocorreu na Congregação Beth-El, foi organizado pela Sociedade Amigos da Universidade Hebraica de Jerusalém, em conjunto com a Congregação Israelita Paulista (CIP), a Comunidade Shalom e a Congregação Beth-El.
O encontro contou com a presença de cerca de 150 pessoas, além da participação dos rabinos das três congregações: Adrián Gottfried, Luciana Pajecki Lederman e Yonatan Szewkis (Comunidade Shalom); Michel Schlesinger, Ruben Sternschein e Uri Lam (CIP) e Yehuda Gitelman (Beth-El).
O presidente da Congregação Beth-El, Daniel Feffer, ressaltou o significado da noite, em que as três sinagogas estavam unidas para discutir um tema tão importante, e aproveitou para lançar um desafio: “Quero sugerir aqui para que nós, as três congregações juntas, com o apoio da Universidade Hebraica, pensemos em um grande evento de Tu Bishvat [Ano Novo das Árvores] em janeiro, em algum grande parque da cidade, demonstrando cada vez mais a nossa união”.
Durante aproximadamente duas horas, o professor Zvi Bekerman falou sobre os desafios da identidade e educação judaica: “Não existe uma receita pronta para os desafios da educação, mas noites como a de hoje mostram que cada vez mais nós judeus temos que nos juntar para compartilhar espaço e conhecimento. Temos que parar de apenas pensar e falar, para começar a agir”, disse.
Jayme Blay, presidente da Sociedade Amigos da Universidade Hebraica de Jerusalém, também comentou a importância da reunião das três congregações em um evento para pensar os desafios da educação judaica no futuro e que marca a nova fase da instituição: “Esta noite foi especial, pois foram discutidos vários dos grandes desafios da educação judaica, como a identidade múltipla, a profundidade e a altura do judaísmo, as políticas institucionais, a busca de coerência ideológica, o diálogo com os pais, a necessidade de conteúdo diverso e a variedade de metodologias. Estamos muito entusiasmados com esta nova fase”, concluiu.